quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Alienação política

Há poucas horas atrás se desenrolou uma crise política internacional, que, com certeza, daqui há alguns anos será apenas mais uma página da história e uma data a ser decorada para uma prova qualquer, em uma escola brasileira ou hondurenha. Se é que chegará a este status todo!

O presidente eleito Zelaya voltou a seu país e foi prontamente perseguido. Procurou proteção na embaixada brasileira, e conseguiu!

Só que o governo golpista (quem comete golpe de estado é golpista), não aceitou isto serenamente, afinal a embaixada brasileira É território brasileiro e segundo a legislação internacional (que não existe, existem sim tratados a serem respeitados para respaldo e RESPEITO mútuo entre nações diferentes [aqui não existem notas de rodapé, e se existissem, ninguém leria, #prontofalei]) isto não pode ser feito, muito menos encarcerar civis num estádio de futebol e cortar serviços básicos do estabelecimento (não é comercial, mas está estabelecido!), ou ainda "programar" uma "apagão" nacional com este propósito.

Diplomacia rima com democracia, salvo em algumas piadas, mas, "assisti" ao vivo via Twitter, Twazzup, blablabrá, BBC e outros sites o desenrolar da história. Tive meu avatar entre os mais ativos por algum tempo no Twazzup, verde desde que me sensibilizei pelas atrocidades cometidas no Irã e que até agora não tiveram um fim.

De qualquer forma, o título desta postagem tem mais a ver com a punção brasileira de defender a pátria com unhas e dentes até aparecer assunto mais interessante do que com qualquer outra coisa!

Poucos minutos (menos de 15) depois de toda esta batalha virtual de troca de links e mensagens com no máximo 140 caracteres, incluindo os espaços, o tópico #honduras perdeu para uma marca de chocolate qualquer (muito cara por sinal!), a novela, a fofoca, etc e tal!

Ok, então como explicar tudo isto racionalmente?

Fácil: o brasileiro não é nacionalista, é ufanista! Mexeu com o Brasil, mexeu com ele, contanto que esteja desocupado!

E o alienado, é o que?

Para a grande maioria das pessoas, neste país, é quem não tem filho para criar, conta para pagar, novela / futebol / filme para assistir, e outras tantas coisas a mais que no final das contas são bem mais importantes do que decisões políticas.

Afinal, quem se lembra da Campanha das Diretas Já que até o Danoninho aderiu ou do Badernaço (link inconcluso? Dá a impressão que os links foram apagados de propósito, tudo bem, o Próprio Capital Inicial foi acusado por promover a revolta cantando "postumamente" que : "as ruas tem cheiro de gasolina e óleo diesel") em resposta ao pústula do Sarney que incomoda até hoje e nunca fez nada que preste!

Ok, no final das contas ser alienado político, pelo menos por aqui, é ter vida social, por mais medíocre que ela seja. Repetir o essencial do telejornal, do jornal ou da revista sem ter que conferir nos olhos da vítima se convenceu ou não!

Na realidade o não-alienado abdica conscientemente de certos prazeres sociais para ter sua vontade (mesmo que em forma de voto puro e simples) dirigida a um objetivo mais amplo!

Reconheço: fui chato e extenso, mas acho que passei a minha mensagem (para quem me leu até aqui!).




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