terça-feira, 27 de novembro de 2007

Caí no golpe




Que legal, assim que entrei na Internet, no século passado ainda, me senti um verdadeiro herói, eu estava ajudando a salvar o mundo de todas as suas misérias. Como? Simples, repassava e-mails contando todo tipo de crueldades e absurdos que aconteciam diariamente debaixo de nossos narizes.

Eu jurava que o mundo seria um lugar melhor após a minha partida e assim eu teria cumprido uma missão exemplar. Mesmo que ninguém lembrasse de mim, eu teria feito minha parte e tornado este planeta um lugar melhor para se viver.

Quanta ingenuidade! Eu na realidade estava repassando spam com mensagens idiotas, mas razoavelmente convincentes. Estas mensagens apelavam para a minha capacidade de indignação, minha compaixão pelos menos favorecidos e outros sentimentos que tomam o lugar da razão e me faziam reenviar estas mensagens.

Ok, de qualquer forma esta indústria vive da ingenuidade alheia. Como sempre tem gente nova entrando na Internet, sempre teremos quem repasse estas mensagens e reclame de quem não faça o mesmo, dizendo que estes não têm coração e outras bobagens que já vem no próprio texto de cada uma delas, como se fossem argumentos infalíveis.

Eu, que já me considerava vacinado contra este tipo de molecagem, caí feito um patinho e até criei um discurso inflamado em Biopirataria travestida, extremamente indignado e quase declarando guerra à Arkhos Biotech, tudo não passava de uma propaganda viral do guaraná Antarctica, em suma, uma mentira deslavada e inescrupulosa que enrolou muita gente por algum tempo.

Basta uma pesquisa pelo nome da empresa no Google que vão aparecer centenas de citações desta empresa virtual. O Observatório da Imprensa fez uma análise bem lúcida do ocorrido, além de lá, o que me levou a postar sobre isto foi ter lido no Galeria de Espelhos sobre este mesmo assunto. Bom, se caí no golpe, pelo número de links do Google dá pra ver que não fui o único, mas foi um trabalho profissional e não de amadores como os que fazem placas de cidades como Frorianópolis.

domingo, 25 de novembro de 2007

Alguém quer um Twitter turbinado?

Beleza, é o Pownce, a rede social do Digg que por sinal desperdiça a oportunidade de ser linkada a ele! Afinal é o pai de todos os agregadores de notícias, se não é o pai, é o mais lembrado!

É igualzinho ao Twitter, mas aceita imagens e o texto não é contado em pouco mais de uma centena de caracteres.

Fica aí a dica!

Interessante, nenhum dos três links tem o famoso www!

Update: esta mensagem não caberia no Twitter mas caberia no Pownce!

Update 2: para entrar na rede é preciso ter convite.

Update 3: ainda tenho convites e minha página é esta.

Este blog!

Não sou um ProBlogger e nem sei se chegarei a ser um. Mas dois dos principais motivos que me fizeram diminuir o ritmo da blogagem foram a falta de comentários e as avaliação como confuso dadas pelo ClickComments, aquele carinha {apagado = fazendo um sinal de "tudo bem"} chamando a atenção! (faz tempo que não olho pra ele, acho que rolou uma certa antipatia) lá no final de cada postagem.

Ok, bate aquela sensação de ser vítima, do mundo me perseguir e não entender minha mensagem! Quanta babaquice junta!

Primeiro, o blog é recente e a visitação ainda é pequena, talvez se mantenha assim, talvez não. E se os poucos que me visitam começassem a comentar compulsivamente, apenas para me agradar, isto aqui se tornaria um blog coletivo e não individual. Quero participação, mas não por pena! Quem gosta de comentar aqui freqüentemente, ignore este parágrafo! É uma justificativa que fiz a mim mesmo, não um convite para que se retirem.

E não mais importante! Coloquei o widget do ClickComments justamente para isto, para ser usado de acordo com a opinião de cada um. É uma forma de comentar sem teclar e nem se expor. Poderia ter posto só o lado positivo das avaliações, afinal, existe esta opção. Poderia mudar a opção, mas resolvi deixar assim mesmo! Pena que o pessoal que avalia negativamente não me dá uma explicação do porque a postagem foi tão ruim.

Até hoje quem eu vi ter sucesso instantâneo foram justamente os que cometeram humorismo involuntário, ou que fizeram o possível para parecer ter feito isto, ou simplesmente arriscaram tudo pra ver se ganhavam alguma coisa. Pra postagem não ficar chata, vou botar uns links de algumas "celebridades instantâneas":

  • Eu vou te deletar do meu Orkut - música criada por causa de uma discussão no trabalho;
  • Numa Numa Dance - vídeo que caiu por engano na Internet e fez sucesso automaticamente, o "gordinho" (como ficou conhecido aqui no Brasil) cantava um hit europeu em romeno. Por incrível que pareça o performer não queria de forma alguma aparecer;
  • New Numa - The Return of Gary Brolsma! - a mídia acaba fazendo a cabeça de qualquer um, e ele protagonizou um vídeo por vontade própria e não igual ao anterior onde achava estar seguro no seu lar e ninguém mais veria a performance;
  • Coreografia vira super-hit do YouTube - um conferencista querendo demonstrar a idéia de evolução perdeu a timidez e "dançou" vários hits e ritmos seguindo uma linha de tempo. O link do vídeo da matéria foi apagado, mas basta procurar no YouTube por "the evolution of the dance" ou clicar aqui.
Ao humor involuntários todos nós estamos sujeitos, eu também não tenho como escapar. Mas prometo tentar evitar os micos, gafes, as ratas ou os grandes foras que são a mesma coisa e podem aparecer a qualquer momento e me fazer ter vontade de apagar isto tudo. Mas, se rolar, se é que não já rolou, vou lembrar de um sambinha que ouvi insistentemente no passado que dizia: "levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima...".

Resumindo: participem se acharem que vale a pena.
PS: os comentários são moderados, mas o autor não é nazista, se não for publicar dará uma explicação razoável!

Update: faz uma falta danada uma fonte riscada pra demonstrar erro ou ironia aqui no Blogger!

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

O silêncio, nosso aliado!

Há alguns dias atrás li um artigo do Aldo Novak (infelizmente não consegui achar na Academia Novak) e além de concordar com ele quase que automaticamente, me veio à mente centenas de lembranças provando que as pessoas parecem mesmo adestradas (e insisto no adestramento que é bem mais difícil de modificar que a aprendizagem) a responder a qualquer questionamento da forma mais rápida e violenta possível. Cansei de ver pessoas se indignarem com apenas cinco palavras que eu disse sem ao menos pensar na possibilidade de eu estar usando de ironia ou mesmo sem esperar que eu terminasse a frase.

Aprendi com o tempo a deixar estas pessoas gastarem suas energias com os seus "argumentos" enquanto as observava friamente ou mesmo demonstrando com minha expressão que elas estavam totalmente equivocadas. Estas pessoas que pegaram o bonde errado e acabavam me deixando terminar a frase, e assim haver um diálogo, e o "di" desta palavra quer dizer dois, e não ficar num monólogo desesperado.

Infelizmente a grande maioria não era formada por pessoas pouco inteligentes ou com pouca cultura ou estudo. Os que mais veementemente defendem as suas idéias sem ao menos se dar ao luxo de ouvir o outro tem a dizer dão a impressão que vivem num mundo já todo pesado, medido, indexado e devidamente previsível. São pessoas que não acham que vão ouvir nada novo ou nada que as surpreenda. São em outras palavras, pessoas preconceituosas. Não com relação a cor da pele, sexo, religião ou qualquer outra coisa que diferencie duas pessoas quaisquer de uma forma bem objetiva. São preconceituosas quanto à capacidade dos outros de raciocinar e falar sobre algo que ainda não ouviram tanto na forma quanto no conteúdo.

O artigo do Aldo Novak fala de respostas específicas a questionamentos também bem específicos. Como por exemplo, o que fazer ao levar uma bronca do chefe, merecida ou não, uma resposta seca e crua só piora a própria situação, como uma desculpa qualquer ao invés de falar a verdade ou simplesmente se calar.

Mas uma coisa que realmente tem me irritado em boa parte das pessoas que vejo discutirem, e geralmente sem motivo algum, é essa imensa pressa em se defender sem ao menos saber se realmente está sofrendo algum tipo de ataque real.

Muitas pessoas parecem viver em algum tipo de Quiz eterno, um jogo de perguntas e respostas, onde jamais poderão deixar de dar sua opinião a respeito de qualquer assunto possível. Transformam qualquer papo ameno numa tortura infinita para os que têm que ouvir centenas de argumentos, muitas vezes claramente inventados ou alterados para parecerem mais convincentes.

Conheço muita gente assim, que não pode ficar sem dizer a última palavra. Infelizmente acho que a maior parte da humanidade se tornou assim. Como se dizer "não sei" ou "não me interessa" fosse uma prova definitiva de incapacidade, seja em que área for. O que é uma pena realmente!

Conheci um sujeito que queria provas absolutas e definitivas de tudo o que eu falasse, se eu dissesse que vi uma notícia na TV ele queria saber o canal, o dia e o horário, como se alguém fosse atendê-lo na emissora e mostrar a fita onde estava gravada o programa de entrevistas, telejornal ou documentário onde vi a tal notícia. Algum tempo depois fiquei sabendo que o tal sujeito tinha problemas mentais mesmo, o que o torna exceção (palavrinha difícil de lembrar a grafia, mas cola internetês para facilitar) e não regra.

Mas muita gente saudável exercita este irritante jogo de gato e rato o tempo todo, com isto acabam levando outros a agirem da mesma forma. Lamentável, mas quem daria o primeiro passo pra diminuir esta nossa poluição sonora?

Só sei que o mundo seria mais agradável se as pessoas respondessem simplesmente usando um "sim", "não", "não sei", "não acho que seja assim", "talvez", "não sabia", "nunca pensei a respeito disto" e outras frases simples ao invés de discursos intermináveis para garantir sua superioridade em sabe-se lá o quê? Talvez em tudo!

Entre os anos oitenta e noventa (não tenho como garantir a época, faz muito tempo mesmo!) tinha um programa de rádio (acho que da Transamérica) onde perguntavam sobre notícias absurdas e as pessoas geralmente falavam que tinham ouvido a notícia para não parecerem desinformadas. Me lembro particularmente de duas pérolas que quase todos alegavam ter ouvido falar:

"Foi encontrado um ovo de hipopótamo na praia de Copacabana por um argentino, com quem deve ficar o ovo, com o Brasil ou com a Argentina?"

e também

"Há planos de se fazer um canal para ligar Brasília ao mar, o que você acha disto, é uma coisa positiva ou é gastar dinheiro público à toa?".

As pessoas respondiam com uma seriedade que passava e muito do ridículo, levando-se em conta que hipopótamos são mamíferos não ovíparos, apesar de existirem espécies de mamíferos que põem ovos (ornitorrinco por exemplo) e que Brasília está a uns 1400 metros acima do nível do mar, estas notícias eram completamente absurdas e não tinham a menor chance de terem sido escritas em jornais ou serem exibidas em emissoras de TV, onde pelo menos uma minoria não tivesse acompanhado alguns vídeos do Telecurso 2º grau, chega a ser chocante que quase 100% dos entrevistados admitia ter visto ou ouvido tais notícias. Lembrando que não se pode ser jornalista há um bom tempo sem ter curso superior completo.

Fica então a dica de termos senso crítico e não acreditarmos em tudo o que lemos ou vemos por aí, a própria Internet despeja uma cura milagrosa do câncer por semana que as "maldosas indústrias farmacêuticas" insistem em abafar. O problema todo é que no dia que divulgarem uma cura real ninguém mais acreditará, nem as indústrias farmacêuticas procurarão lucrar com as novas drogas, o que seria até justo para garantir a qualidade dos produtos que consumimos.

Outra coisa muito interessante é não atacar nosso semelhante quando ele apenas está querendo nos fazer rir ou simplesmente se expressou mal. O português é uma língua complexa e quanto mais o internetês avançar menos entenderemos o português. Não vamos ajudar a matar uma língua tão bonita, não digo linda, mas bem arrumadinha e muito, mas muito mesmo, interessante.


A medicina genética está chegando

Estamos no alvorecer de uma nova era. O Projeto Genoma Humano que seqüenciou completamente o DNA do ser humano custou 3 bilhões de dólares e durou 13 anos. Mas isto é passado! Por mil dólares a 23andme ou por 15 dólares a menos a deCODE pode fazer este serviço por você. Duas empresa americanas que descobriram este novo filão de negócios.



Sim, o seqüenciamento é individual. E com este mapa genético você pode saber quais doenças tem realmente predisposição a adquirir com o tempo, afinal, você pode ter herdado os genes saudáveis da mãe e não ter um ataque cardíaco fulminante como teve teu pai ou avô.

Para descobrir se é adotado ou não, os testes de DNA já corriqueiros no Brasil bastam. Mas simplesmente ter acesso a todo o conteúdo genético de si mesmo, abre portas para tratamentos preventivos contra doenças que desta forma não desenvolveremos.

Já vi críticas ao mapeamento genético porque as pessoas provavelmente seriam discriminadas por poderem desenvolver diabetes no futuro, o que traria custos desnecessários para uma empresa que assim não contrataria esta pessoa. Mas, quem tem dinheiro para pagar pelo exame, certamente tem como pagar pelo tratamento ou pode mudar os próprios hábitos a tempo de não desenvolver a doença. Acredito que nenhuma empresa pagaria um exame destes apenas para decidir se contrata ou não alguém hoje em dia.

Dentro de algumas décadas, os preços dos mapeamentos deve baixar muito mais, e provavelmente vão se tornar obrigatórios como hoje são as vacinas. Não vejo mal nisto, pois, uma criança nascida nesta época então além de não desenvolver paralisia infantil graças a Sabin, e outras doenças já raras hoje em dia graças às outras vacinas, também terá uma chance bem mais remota do que nós tivemos de desenvolver doenças com fundo genético como alguns tipos de cânceres, diabetes, alguns problemas cardíacos e outras doenças mais.

Levando-se em consideração que nossa carga genética não se altera, salvo raras mutações, e que as pesquisas nesta área se acumulam a cada ano que passa, a prevenção de doenças pode se tornar um fato normal e cada vez mais preciso.

Uma possível conseqüência disto é a diminuição da procura por hospitais, o que pode tanto melhorar a qualidade do atendimento como pode diminuir o número deles, e assim aumentar a distância para o hospital mais próximo.

De qualquer forma o preço do seqüenciamento caiu o suficiente para se tornar comercialmente viável. O próximo passo será se tornar barato o suficiente para os sistemas de saúde públicos poderem bancá-los.

Lembrando que há vinte anos atrás celular era artigo de luxo, e hoje pessoas humildes que não tem telefone fixo sempre carregam um celular para onde vão, não fica difícil imaginar que isto possa acontecer dentro de pouco tempo.


terça-feira, 20 de novembro de 2007

Desktops virtuais

Faz tempo que uso tanto o YouOS quanto o Goowy, este segundo me quebrou um galhão quando cheguei no Ubuntu e simplesmente não dei conta de configurar um mensageiro instantâneo nele. Faltou experiência e um howto ou tutorial fácil de achar, mas meus computadores virtuais estavam lá pra me ajudar, e não fiquei sem MSN.

Ambos contam com e-mail, editor de textos simples, bloco de notas do tipo daqueles da 3M pra grudar em qualquer lugar e por coincidência ou não os dois têm um disco virtual fornecido pela box.net. Apesar do YouOS ter 750 aplicativos disponíveis para serem instalados e usados a qualquer tempo, acabei usando mais o Goowy talvez pela própria simplicidade.

Os dois são excelentes e quase funcionam como um sistema operacional instalado num pen drive. Quer dizer, pra qualquer lugar que você vá onde tenha acesso a Internet você poderá tranqüilamente usar uma série de aplicativos já configurados para você.

Apesar de aparentemente bem mais básico o Goowy também vem com extras chamados minis, widgets ou gadgets que dão funcionalidades novas ao seu computador virtual.

Para quem quer se perder entre as centenas de aplicativos prontos para uso sugiro o YouOS, eu teria que escrever um livro só pra descrever alguns destes aplicativos.

De qualquer forma, MP3 armazenadas nos discos virtuais deles podem ser tocadas normalmente, é uma pena que eles não possam ler diretamente de nossos discos as músicas e que o espaço de 1 GB grátis seja pequeno para a grande maioria das coleções.

Fica a dica, quem quiser experimentar basta seguir os links e se cadastrar, os dois são grátis e são ideais para uso em viagens ou onde você não possa instalar nada nem baixar arquivos diretamente.

sábado, 17 de novembro de 2007

Rede social para quem gosta de cinema

Hoje em dia, algumas redes sociais se especializaram oferecendo serviços interessantes e vale a pena usá-las mesmo não tendo amigos lá ou apenas um ou poucos.

Uso o Criticker mais como serviço do que como rede social. Tenho apenas um amigo e nunca trocamos um único e-mail. Mas, o site me oferece pré-avaliações de filmes que geralmente batem com meu gosto. E aí está todo o meu interesse na rede. Só tenho um Kumpel, compadre em alemão pelo que entendi, mas não faz falta. Fico imaginando se esta rede ficar conhecida no Brasil, acabarei tendo vários amigos que conheço pessoalmente que sei que gostam de filmes que eu não gastaria dinheiro para ver.

Enquanto estiver anônimo por lá, o sistema deles me mostrará pessoas com gostos semelhantes que provavelmente não falam português e alguns nem inglês. Assim posso ver que filmes eles assistiram e ter de antemão uma avaliação que seria a esperada por mim.

O próprio Criticker roda dentro do Facebook, mas perde bastante de sua funcionalidade por lá, sendo mais interessante usar a rede original. O interessante é que com o OpenSocial até o Orkut terá esta funcionalidade.

Acabei assistindo ao filme Gattaca por indicação do site e apesar da maioria das pessoas que conheço terem dito que não gostaram e ter sido um fracasso comercial, tive o prazer de assistir este filme. Outro praticamente desconhecido por aqui e que virou cult lá fora foi Donnie Darko. Gosto de filmes cult apesar de não conviver com gente moderninha e descolada. O bom disto é que na locadora os DVDs não estão arranhados como os de ação e sempre rodam em casa. Só dei indicação de dois filmes de ficção científica que é uma de minhas paixões, mas não teria assistido nenhum dos dois sem ter ficado sabendo no Criticker, há outros e de outros gêneros, mas fico nestes dois pelo fato da indicação ter sido muito boa.

O post do Interney, Overdose de redes sociais, foi o que me fez desengavetar e postar isto, lá ele fala do uso maléfico de coleta de dados para criar campanhas publicitárias e outros fins, mas isto não me assusta, se vier na forma de spam vai pro lixo, se for realmente interessante, terei mais um canal me indicando coisas que gosto.

Noventa por cento dos "eventos culturais" que me chegam por e-mail são de festas regadas a pagode, estilo que não me chama a atenção, em cidades tão longe que eu teria que ir de avião, o que atualmente não é recomendável. Resumindo, estes "convites" vão pra lixeira sem a menor piedade.

Acabei por fim descobrindo que redes sociais podem ter outro uso além de apenas fazer amigos virtuais. Isto não me impede de fazê-los, mas estas redes não se resumem a isto no final das contas.

Update: este humilde blog foi citado em Random Good Stuff - Fun & Entertainment Blog como um site espanhol, nada contra os espanhóis, conheço alguns e algumas, todos muito bem humorados e de bem com a vida, mesmo os mais estressados. Mas o site é brasileiro igual o dono e escrito em português, o melhor que posso oferecer. Agradeci a citação e informei a incorreção.

Upadat 2.0, a missão: devo ter dado um show de incoerências com relação à concordâncias tais e tais respondendo, mas acho que não fiquei tão mal assim. Acho que passei a idéia!

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Internet para os mais educados

Em setembro de 1993 aconteceu uma coisa que revolucionou a Internet, a AOL deu acesso a seus usuários à antes bem comportada e pacífica Usenet que seguia rigorosamente a netiqueta e vivia em paz e produzindo discussões enriquecedoras. De lá pra cá, a popularização da grande rede e mais recentemente com a inclusão digital de uma parcela maior da população mundial, o nível cultural se aproximou mais do que vemos na TV e se distanciou bastante dos meios acadêmicos, que eram o único jeito de acessar boa parte do conteúdo da Internet na época.

De forma alguma condeno a popularização da rede, muito pelo contrário, se não fosse por isto, boa parte dos brasileiros, inclusive eu jamais saberia o que ela é e este blog não existiria. Provavelmente eu estaria utilizando meu tempo livre de outra forma, mas não estou.

De qualquer forma, alguns usuários descontentes com o andar da carruagem, resolveram criar um filtro anti-estupidez, como se fosse um filtro anti-spam. O projeto se chama StupidFilter e se propõe a reconhecer mensagens idiotas, mesmo as carregadas com termos pouco comuns e bem elitistas. Segundo seus criadores o filtro será cego à ironia. Esta ferramenta com certeza cortaria as piadas, as mensagens escritas em miguxês, comentários que mesmo gramaticalmente corretos ficariam melhor na boca de um personagem de programa humorístico, textos com emoticons, girias e afins. Sobrariam os textos mais formais e bem redigidos.

O software só existe ainda em inglês e deve começar a ser distribuído mês que vem. Não o usaria com o fim de evitar mensagens mal redigidas, mas ajudaria a mostrar as melhores. Mesmo numa rede social como o Orkut que é extremamente espontânea e pouco dada a regras, existem várias comunidades onde são exigidas estas formalidades. E nisto ele teria utilidade. O Fórum PCs criou a campanha Eu sei escrever da qual tenho um banner neste blog, no próprio Fórum é usado um filtro ortográfico e segundo o site, os usuários começaram a escrever bem melhor.

Update tardio: recebi uma menção num blog mais interessante que o meu, no Nerdson não vai à escola!

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Impressoras 3D

Primeira cena: você teve uma pane no seu carro e está no meio do nada às 2 da manhã, aciona o seguro e o mecânico chega meia hora depois. Ele examina teu carro e diz que a rebimboca da parafuseta foi pro espaço. Então ele liga a sua impressora 3D, digita o ano, marca e modelo do seu automóvel, espera alguns minutos e troca esta peça por uma que vai agüentar por mais uma semana ou fique em caráter definitivo.

Segunda cena: um laboratório farmacêutico desenvolve uma nova droga para tratar a azia, como precisam testar o seu funcionamento no estômago, imprimem um já com as características de quem sofre deste mal, fazem os testes e chegam à conclusão de que os efeitos colaterais são muito graves para colocar a droga no mercado.

Voltando ao presente, as impressoras 3D já são usadas há um bom tempo pela indústria automobilística e aeronáutica para criar protótipos rápidos para testes e reposição rápida. Estes equipamentos ainda não são tão comuns, mas já criaram um coração de galinha que pulsa (artigo em inglês) e um avião não tripulado que foi quase todo impresso.

As possibilidades são ilimitadas e podemos chegar à uma nova era que de forma análoga à troca de arquivos de áudio e vídeo por meio de redes peer-to-peer, num futuro próximo poderão ser trocados arquivos com as especificações de fabricação de uma chupeta, uma auto peça ou qualquer objeto que atualmente só são fabricados em linhas de montagem ou por artesãos.

As conseqüências para a indústria como a conhecemos talvez sejam parecidas com as indústria fonográfica. Mas, também imagino que pessoas sem qualificação alguma na área criem produtos medidos no olhômetro e achômetro que acabem prejudicando alguém, também existe a possibilidade de crackers criarem intencionalmente peças defeituosas e colocarem na Internet com a mesma "dificuldade" que enviam spams com vírus atualmente.

Com isto apareceriam comunidades e grupos dedicados à criação e checagem de novos produtos.

Já faz um bom tempo que o projeto existe e vale lembrar que ele é open source e que qualquer um pode montar sua própria impressora em casa e inclusive fazer esculturas com chocolate ou uma garrafa como no vídeo abaixo. O preço da fabricação deste equipamento vem baixando há alguns anos, e já existe também o produto acabado e já pronto como a impressora Dimension da Sisgraph que não é voltada para o usuário doméstico.


domingo, 11 de novembro de 2007

Miss Landmine

Vi o link para o Miss Mina quando estava saindo de casa e não tive tempo de olhar melhor. Como na Internet grande parte do material que chama a atenção faz isto por provocar e humilhar, achei que seria uma coletânea de fotos de angolanas amputadas esculhambando quem sofreu com uma guerra civil, e aproveitando a situação para ganhar audiência.

Mas é um concurso de beleza com participantes que sofreram acidentes com minas terrestres em Angola. Como é uma notícia bizarra, saiu em sites que se alimentam disto. Mas nada tira o direito de quem perdeu uma perna ou outra parte do corpo de continuar se achando bonita. Quem já sofreu um acidente grave deve saber o quanto é humilhante ser chamado de aleijado ou a dificuldade de locomoção usando cadeiras de rodas ou muletas.

Este tipo de acidente não é reversível como manchas ou empolação produzidas por alergias, então o negócio e tocar a vida em frente e nada impede que uma destas mulheres entre num concurso de beleza.

Enquanto isso num universo paralelo...

O troco é dado...



Qualquer semelhança com a realidade não tem nem como acontecer...

Fonte: Technorati.

Cadê meu troco? Onde foram parar as moedas?

O Banco Central fez uma bela campanha de conscientização sobre o uso do dinheiro, tanto das cédulas quanto das moedas que o brasileiro tanto despreza, mas que acabam sempre fazendo falta. Ótimo, esta foi uma campanha destinada ao público em geral, bem acertada, com humor e tocando em tabus como de não conferir se uma nota e verdadeira ou não.

A Caixa Econômica por sua já tinha criado os personagens Poupançudos, cofres em forma de simpáticos monstrinhos, inclusive a campanha incluiu musiquinhas, animadas como devem ser as músicas infantis. O interessante é que as tais músicas falam em ecologia, um uso mais correto da língua evitando-se os palavrões e da tolerância aos modos de pensar diferentes de outras crianças. Algo que eu considero muito positivo, principalmente por inibir o caráter consumista que vem se alastrando entre as crianças.

Bem, a primeira vista parece um contrasenso pois duas instituições do mesmo governo fazem campanhas opostas. Mas não vejo assim. O Banco Central estimula a circulação das moedas, mesmo assim, pequenos cofres destinados a um futuro depósito em uma Poupança não são um empecilho grande, afinal vão voltar ao mercado assim que chegarem ao seu destino na Caixa.

Já ouvi a história de uma pessoa que comprou uma motocicleta apenas juntando moedas, este sim impede que o mercado tenha troco. Infelizmente não são incomuns estas e outras histórias bizarras de quem chega a guardar vários quilos de moedas e chega a constrangir comerciantes ao chegar com uma quantidade imensa de moedas para comprar um eletrodoméstico, ou mesmo que vão a Bancos depositar ou mesmo trocar por cédulas de maior valor. Além de gerar trabalho grande e um esforço desnecessário, este dinheiro se fosse depositado em uma caderneta de poupança, teria rendido alguma coisa e não se tornado um peso tão grande.

Acredito que a educação das futuras gerações para que acreditem no valor da economia não interfira na livre circulação do dinheiro neste país. Principalmente se os pais destas crianças fizerem depósitos mensais ou assim que o cofre estiver cheio ou com algum peso.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Cometi um erro grave

Vamos ao que realmente aconteceu:

Divulguei o AllPeers por achar uma extensão muito útil e muito boa, só que escrevi este post reclamando de defeitos no meu Firefox por causa de um travamento causado por este plugin. Não tenho conhecimentos técnicos suficientes para garantir isto, mas entrando no fórum de usuários deles achei este problema e a solução para quem usa Ubuntu Gutsy, um pequeno script em bash que resolve isto:

----------começo do script----------
#!/bin/bash
rm ~/.mozilla/firefox/FOLDER_PROFILE_FIREFOX.default/compatibility.ini
firefox
----------fim do script----------

Não sei se a extensão afeta o AllPeers em outras plataformas, mas como o time que criou a extensão é humano, existe a possibilidade de cometerem erros, e eu também cometi um por tabela. Não que seja o primeiro ou o último, mas acho que admitir isso ajuda a evitar erros futuros e tirar esta aura de infalibilidade da Internet, e tornar o internauta (palavrinha feia com gosto) uma pessoa com mais senso crítico.

Vou ficar mais atento para evitar este tipo de situação. Mas em se tratando de software é inevitável haver bugs.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Wikia, futuro concorrente do Google?

O criador da Wikipédia, Jimmy Wales resolveu entrar no campo de batalhas por um buscador que ofereça melhores resultados que o Google, que atualmente é todo onipresente.

Fui conferir o Wikia e sinceramente, por enquanto acredito que o Google não tenha com o que se preocupar. Por exemplo, pesquisei "Copa do mundo 2014" na página inicial e cai num aviso de que uma página com aquele título não existia, me dando a opção de criá-la ou ver os links que levariam à esta página inexistente, e eles também não existiam. Entrei na Wikipédia e achei facilmente Copa do Mundo FIFA de 2014, então a integração com a Wikipédia ainda não existe, nem em inglês já que também pesquisei por 2014 FIFA World Cup.

Bem, para dar uma segunda chance ao Wikia, digitei futebol e fui redirecionado para a página Football apesar de o link estar como futebol mesmo lá achei a wikia (os wikis internos da própria Wikia) futebol no mundo, que por sinal ainda não começaram a editar.

De forma alguma estou condenando a Wikia, como qualquer site colaborativo sempre tem poucas informações no começo. Então para que não fique a impressão de ineficiência muito grande fiz outras pesquisas, procurei por Simpsons e apesar de seguir um link em inglês caí facilmente na versão em português. Lá realmente tem bastante informação sobre a série apesar de ser diferente da versão na Wikipédia. A integração fica por conta da aba de pesquisa na Wikia ficar ao lado da aba da Wikipédia.

Bom, a impressão que fica é que é um agregador de conteúdo como a própria Wikipédia e não um site de buscas propriamente dito. Ou então seria um novo tipo de buscador que traz junto uma rede social e um wiki, onde segundo o slogan você pode descobrir e compartilhar algo sobre suas paixões, entrar em comunidade e criar uma nova wikia sobre o que quiser.

No final das contas acaba parecendo uma reinvenção dos fanzines, o que acho positivo. Mas pelo visto não deve se tornar concorrente do Google.

Um não ao desrespeito à vida

Caí de pára-quedas na postagem O cachorro que morreu de fome em nome da "arte" do Alexandre Inagaki.

Ótimo, a notícia já está se instalando confortavelmente no palácio do esquecimento. Notícia antiga mas com tempo para evitar outros absurdos. Então, pensando nisto fiz este post para divulgar a petição online que pretende impedir a participação de Guillermo Vargas Habacuc, o pretenso artista na Bienal Centroamericana de Honduras de 2008.

Repetindo o endereço da petição: http://www.petitiononline.com/13031953/

terça-feira, 6 de novembro de 2007

GPS, você ainda vai ter um!


Uma notícia da INFO Online diz que uma empresa espanhola pretende vender GPSs no Brasil que além de mostrar mapas também avisa da proximidade de um pardal. Isto é uma coisa que as autoridades brasileiras tentaram proibir, mas como impedir o avanço da tecnologia?

Lendo o único comentário, achei o endereço de uma empresa nacional, com um software, o NavCity que já oferece este serviço.

Mas o que tinha me enchido os olhos foi um GPS com bluetooth em forma de chaveiro. Vem purinho sem software algum, mas creio que o Treo resolveria o problema, só não garanto que ele nos ajude a cumprir as leis de trânsito. Se ainda existirem as listas de pardais no Google Earth é só questão de inserir no aparelho.

Entrei no Twitter!

Existem duas grandes vertentes de opiniões quando o assunto é Twitter, ou é considerado completamente inútil ou é simplesmente ótimo. Pelo que vi até agora funciona de uma forma muito semelhante às mensagens em SMS do celular. Só que aqui é público. Você coloca a tua idéia em exatos 140 caracteres, só isto. Mas você também vê o que seus amigos ou o público em geral posta. É uma miniatura de blog.

Por sinal dá pra usar de várias formas, inclusive pelo celular e por um Mensageiro instantâneo como o Pidgin (que já vem instalado no Ubuntu 7.10). Bastou entrar na página e clicar em add device e escolher a rede que uso, adicionar o contato twitter@twitter.com e mandar um texto para ele conforme indicado. O cadastro de um celular funciona de forma bem semelhante, mas como o serviço não é grátis optei por não usar, afinal acredito que ninguém me mande uma mensagem que seja caso de vida ou morte. Quem pode fazer isto já tem o número do meu celular.

Para facilitar ainda mais a minha vida, baixei o complemento TwitterFox que me dá uma lista do que acontece por lá e onde também posso responder "diretamente" para o contato que eu tiver. O diretamente está entre aspas porque fica visível para todos mesmo, mas automaticamente coloca um @ na frente do nome do usuário para deixar claro que a postagem é direcionado à esta pessoa. Esta extensão é bem útil para quem não deixa o Mensageiro Instantâneo ligado o tempo inteiro.

Update: outra visão sobre o tema pode ser vista O que é Twitter e como pode ser útil.

Update 2.0: faltou a minha conta.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Carro-robô


Perguntei a um amigo meu se ele teria coragem de colocar a filha pré-adolescente num fictício carro-robô que a levaria ao colégio por exemplo, ele prontamente me disse que não, afinal o sistema poderia falhar.

Pois bem, estas máquinas já estão começando a surgir numa competição criada pela DARPA, inicialmente com aplicações militares, mas o desenvolvimento delas certamente nos dará no futuro táxis-robôs e talvez nossos próprios carros nos dêem a oportunidade de navegar na Internet durante um engarrafamento ou mesmo durante o trajeto para o trabalho. Quando o trânsito flui normalmente dirigir chega a ser uma terapia, mas existem situações em que é um fardo mesmo.

Infelizmente todas as máquinas têm usos tanto benéficos quanto maléficos. Fico imaginando a quantidade de pessoas que desenvolveriam vírus específicos para estes carros para seqüestrar seus ocupantes, afinal os primeiros donos destas maravilhas serão com certeza ricos.

Uma coisa que me veio à mente foram as rodovias informatizadas que vi num programa do Discovery Channel há muito tempo atrás. Neste programa era mostrado carros com piloto automático correndo a 100 km/h a dois metros de distância uns dos outros utilizando marcadores (não lembro se ímãs ou algum aparelho eletrônico) existentes nestas estradas. Não achei a matéria e realmente desisti de pesquisar. A união destas duas tecnologias seria muito promissora e tornaria o trânsito caótico nas grandes cidade um problema bem menor do que temos hoje.

Acredito que com o tempo designers transformem a aparência deste carro em algo mais sociável sem tantas câmeras aparentes e sem a jeitão assustador de uma máquina espiã. A foto desta postagem mostra detalhes do carro que poderiam parecer ameaçadores no dia-a-dia. A foto original se encontra no site oficial da competição, por sinal este é o carro vencedor, feito por uma equipe da universidade Carnegie Mellon, patrocinado pelo Google e GM entre outros.

Seria muito bom se o Brasil oferece este tipo de competições.


sábado, 3 de novembro de 2007

E se o Google Earth fosse ao vivo?

Sessão bobeira ou "se o futuro nos permitir".

  • Procurar vagas para estacionar durante horas seria um problema esquecido.
  • Quando estivéssemos perdidos e precisássemos saber exatamente onde fica um endereço específico bastaria ligar pedindo para a pessoa sair de casa e fazer sinais para o satélite mais próximo.
  • Poderíamos combinar com nossos vizinhos a cor dos telhados para desenharmos em ASCII art algo legal para fazermos a nossa vizinhança ser mais interessante vista do espaço.
  • Seria tão importante não esquecer o GPS quanto hoje é importante não esquecer o celular.
  • Ficaria difícil mentir que estamos numa reunião importante quando apareceríamos ao lado de uma piscina com uma loira animada.
  • Em caso de pane ou batida o socorro seria mais rápido.
  • A menos que as imagens antigas puderem ser gravadas, ficaríamos como mentirosos ao falar de um lugar interessante que mudou repentinamente.


Acho que por enquanto chega, um Google Earth on line traria muitos benefícios e algumas complicações, mas por enquanto ele não existe.

Update: Tem gente que acredita piamente nisto, principalmente depois que passou nos Simpsons. Não que todo mundo tenha acesso, mas hackeando direito qualquer um pode fazer isto. <-- isto foi um a ironia.

Biopirataria travestida

Isto mesmo, se você for ao site da Arkhos Biotech verá um discurso bondoso e cheio de esperanças, mas são interesses capitalistas da pior espécie. Lembra bastante a campanha feita por um inglês completamente cretino que dizia que para salvar o mundo bastaria queimar um brasileiro. Como se o brasileiro médio consumisse mais que o inglês médio em termos de recursos renováveis e não renováveis. Basta lembrar que o inglês aquece a água para escovar os dentes e o brasileiro não.

Já houve aquele spam que mostrava um livro didático de geografia dos Estados Unidos onde a Amazônia aparecia como área sob controle internacional. Muita gente acreditou e ficou desesperada. Reconheço que o governo brasileiro não vê a Amazônia como prioridade, mas daí pra entregar ao primeiro aventureiro que quiser arrancar a última árvore pra fazer pó para amaciar o rosto de estrangeiras com 90 anos de idade para parecerem ter apenas 89 é burrice crônica.

Este papo de controle internacional na verdade quer dizer entregar à iniciativa privada pura e simplesmente. E não acredito que gente ávida por novas drogas e produtos cosméticos tenham algum tipo de tratamento humano a indígenas e população em geral que sobrevive com os recursos da floresta.

Existem sim pesquisas nacionais com produtos desta região, só não são muito divulgadas, dois exemplos são as feitas pelo Museu Goeldi, e pelo Inpa, reconheço também que somos um país pobre, mesmo que pobre em espírito para investir em suas próprias riquezas.

Agora, apesar destes problemas entregar uma parte significativa do território nacional a aventureiros com discurso bonito e interesses impublicáveis é realmente perder uma guerra sem levar um tiro sequer.

Dizem que a próxima guerra será por causa da água. Não acredito, as tecnologias de potabilização da água melhoram a cada dia, por exemplo já existe um filtro portátil para este fim, se já é útil em escala pessoal, imaginem em escala industrial.

Espero que este site seja uma brincadeira de algum garoto americano cheio de tédio e sem o que fazer, se não for está na hora de calarmos gente que acha que o resto do mundo é quintal dos Estados Unidos.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

OpenSocial = Orkut 2.0

Faz algum tempo ouvi falar do SocialStream e recentemente do Maka-Maka, mas tudo isto virou OpenSocial de uma vez só.

O que muda para o usuário final é que de dentro do Orkut ou MySpace (e tantas outras redes sociais) é que ele simplesmente pode ver todos os seus amigos de várias redes ao mesmo tempo. Resumindo mais ainda, se você tem contas em várias redes sociais e atualmente tem que ficar logando em cada uma delas para ver o que está acontecendo, isto acabou! De dentro de uma rede só você pode participar de todas as que você conhece.

Isto já acontecia no Facebook, só que era de forma proprietária, ou seja, o site é dono do esquema e disponibiliza para quem quer, agora é livre com o Google, ou seja, adere quem quer.

Eu mesmo posso de dentro do Facebook ver meu contatos no Orkut. Apesar de ter só um amigo no Facebook e alguns no Orkut. De qualquer forma participo do Facebook pela facilidade de integração com outras redes, que são o last.fm, o iLike, criticker, Ma.gnolia, MySpace, YouTube (sim você pode ter amigos lá), Yahoo! Respostas e outras, cada uma com "uma função social diferente", mas todas bem interessantes.

Fica então a dica que deve demorar um pouco para ser implantada, mas que deve agregar um valor incalculável no nosso dia-a-dia on-line.

A idéia que fica é que o brasileiro acha que uma rede social especializada em música não dá espaço ao pagodeiro, aquele que gosta de sertanejo (qual o adjetivo, visto que não aceitam caipira), funk carioca, e outros gêneros considerados de má qualidade. Mas que bobeira, se é música é agraciada do mesmo jeito. Não são sites especializados em qualificar música mas em agregar ouvintes.

O brasileiro tem medo do preconceito na mesma medida em que sabe que acabou com a proposta inicial do Orkut. Cabe um pouco mais de netiqueta na universalização das redes sociais.

Observação: a lista de redes sociais é só uma amostra da quantidade e diversidade delas. Não estou afirmando que elas farão uso do OpenSocial para se integrarem, mas sim que existem centenas delas atualmente, apesar de no Brasil só ter feito sucesso o Orkut.

Babaca no poder

Li um artigo no Dicas-L muito interessante sobre babacas no poder. Claro que existem centenas de tipos de pessoas que também podem ser chamados de babacas, não necessariamente com capacidade de fazer mal aos outros. É uma palavra bem democrática, que tanto pode indicar o malfeitor quanto a vítima.

Babaca pode ser aquele chefe que te deixou sem férias e também pode ser o sujeito que preferiu um emprego estável e não seguiu sua vocação e passa o resto da vida se lamentando.

A brincadeira do Google Asshole Index (grau de babaquice do Google) é bem simples, entre no Google e digite o nome da "vítima" seguido da palavra asshole, Aqui seria "vítima" + babaca. Ou corrupto, ou qualquer outra coisa que tua imaginação permitir. Vale lembrar que colocar o nome da vizinha ou do seu próprio chefe não deve funcionar a menos que eles freqüentem a mídia e sejam conhecidos fora do seu círculo de relacionamentos.

É uma brincadeira interessante e se usarmos a versão brasileira do Google ficaria interessante usar a palavra babaca mesmo.

Na pesquisa babaca que fiz para medir o poder de fogo do Google encontrei o Compara Tudo exatamente sobre este assunto, fazendo a pesquisa no Google cheguei a resultados bem diferentes o que prova que ainda não inventaram um babacômetro preciso e infalível.

Bastou digitar a pesquisa e ver o número de resultados dentro da linha em azul claro, bom aí vai a minha lista, se alguém tiver mais idéias pode me ajudar a aumentá-la.

brasileiro ....................145000
pobre .........................114000
Lula .............................92200
Pelé .............................73200
rico .............................57400
Bush ...........................54300
celebridade ..................47000
Xuxa ............................39900
Renan ..........................35300
FHC .............................26000
Faustão ........................23600
Galvão Bueno ................20200
Bin Laden .....................18900
Daniela Cicarelli ............17100
Clodovil ........................14100
Bill Gates ......................13300
Dado Dolabella ..............11400
Gretchen ......................11100
Rita Cadilac ..................10500
Luana Piovani .................1210
Taís Araújo .......................743
Nelson Piquet ...................566
Renato Aragão ..................359
Gilberto Kassab .................251
Samara Felippo ...................54

Só mais duas coisas, primeiro acho que o Google não entende nada de gente nem de babaquice, afinal a palavra pode estar no texto e não se referir à vítima, e nem todo mundo usa esta palavra, principalmente jornais e revistas, e quando usam é muito pouco, segundo que deu uma trabalheira danada tentar alinhar a pontuação já que aqui não tem fonte de tamanho fixo.

Espero contribuições.

Update: achei uma definição do babaca por opção simplesmente fantástica e que me fez lembrar de várias pessoas com as quais tive que dividir meu espaço de alguma forma. Bem diferente dos que são feitos de babacas como os do topo da lista. Estes que assim o são por se acharem realmente superiores foram primorosamente descritos em Explicando o babaca, uma postagem já com três anos, mas muito completa e que nos mostra o que realmente devemos fazer com os babacas, ou seja, ignorá-los!

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

MySpace x Orkut

Ok, o MySpace acaba de ganhar um versão em português.

Isto significa que a grande maioria dos brasileiros que simplesmente não falam e nem lêem inglês podem finalmente entrar na maior rede social do mundo.

Após muito matutar sobre a causa real da falência moral do Orkut, cheguei a conclusão de que tudo se devia à promiscuidade. Ou seja, alguém te add (adiciona em português correto) e você aceita sem nem mesmo fazer idéia de quem seja aquela pessoa.

Tenho conta no MySpace e apesar da exígua quantidade de amigos em relação ao Orkut, não me sinto esquecido. Afinal a grande maioria dos amigos que tenho no Orkut eu conheço pessoalmente, já do MySpace nunca vi ninguém ao vivo! Talvez isto mude agora com as facilidades lingüísticas.

Esculachei os miguxos e simplesmente esqueci de dizer que pratico o miguxês quando namoro. Nunca fora desta atividade, isto é uma atividade? Mas também sei ser terno e carinhoso. Só acho estranho ser terno e carinhoso com absolutamente todo mundo.

O Miro ressuscistou

Isto mesmo, o Miro ressuscitou, agora ele consegue funcionar no meu Gutsy Gibbon, ou Ubuntu 7.10. A promessa de uma semana apenas para corrigir os erros pelo menos não chegou a duas.

Bastou acrescentar deb http://ftp.osuosl.org/pub/pculture.org/miro/linux/repositories/ubuntu gutsy/ nos meus repositórios e correr pro abraço.

O software livre apesar de não ser perfeito me livrou de dores de cabeça com telefonemas e coisas do tipo.

Também falei do Miro em Nova versão do Ubuntu, Miro, a TV totalmente livre e Coisas que respeito na Internet, sinal de que realmente gosto do programa. Já que o Joost me obrigaria a voltar para o Windows ou arriscar com o Wine, isto é realmente verdade. No máximo ele poderia se tornar uma segunda opção para mim, já que o Miro me supre totalmente.

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